Aprix Girls: grupo de mulheres discute questões de gênero

Grupos de afinidade na Aprix proporcionam espaço para discussão sobre diversidade
Um grupo de mulheres enfileiradas e abraçadas sorriem em direção À CÂMERA, EM UM AMBIENTE ILUMINADO COM LUZES ROSA

Quando Eduarda Soligo entrou na Aprix, deparou-se com nove homens. Ela, estagiária em Customer Success, era a décima pessoa da equipe. No entanto, esse fato não foi um peso para sua experiência na empresa. “Eu me sentia em um ambiente muito confortável, a ponto de indicar outras mulheres para outros cargos que foram abrindo”, relata.

Dois anos depois, em 2021, a Aprix realizou um treinamento com a rede Spotlight Connection, Durante os encontros, foi discutido o papel da mulher no mercado de trabalho e no ambiente de inovação e tecnologia, ainda dominado pela presença masculina. O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) aponta que apenas 20% dos profissionais que atuam nesta área são mulheres.

A engenheira de software Amanda Goldani conta que, naquele ano, ainda havia poucas mulheres na empresa e em áreas diferentes. Soma-se a isso o regime de trabalho remoto naquele momento, o que fazia com que tivessem pouco contato no cotidiano.

A partir dos encontros com a Spotlight, decidiram aumentar a representatividade feminina na Aprix. “Criamos um grupo como um espaço seguro de encontro quinzenal, realizado pelo Google Meet, em que a gente pudesse discutir o que achasse importante e nossas experiências”, relata.

Chamado Aprix Girls, o espaço consolidou-se como uma rede de apoio entre a força feminina da empresa. Desde 2019, quando a Aprix foi fundada por um grupo de homens, outras mulheres entraram. Hoje, formam 43,5% da equipe.

O que é o Aprix Girls

O Aprix Girls é um grupo de afinidade em que, quinzenalmente, as mulheres da empresa são convidadas a participar de um encontro para discutir questões de gênero. A fim de que a maioria possa participar, as reuniões acontecem durante a tarde, em horário comercial.

A analista de Pessoas e Cultura da Aprix, Karine Giordani, já trabalhava com grupos de diversidades antes e encontrou no Aprix Girls um espaço para empoderar as mulheres e gerar pertencimento.

No início, os encontros espelhavam-se nas ações que outras empresas estavam realizando, e, aos poucos, consolidou-se como um espaço que vai além de entender o que é ser mulher no ambiente de trabalho, mas também aborda diferentes perspectivas que atravessam a questão de gênero. “Foi se tornando um grupo de suporte para as mulheres, não apenas em questões de trabalho, mas de vida também”, conta Karine.

As temáticas são sugeridas voluntariamente pelas participantes, que geram discussões baseadas em pesquisas acadêmicas, dados, peças midiáticas e mesmo experiências pessoais. Além de falar sobre direitos, feminismo e desigualdades sociais, o Aprix Girls é um espaço de reflexão que tensiona o que é ser mulher, individual e coletivamente.

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Espaço de representatividade e segurança

Para quem não vive a experiência de ser mulher um ambiente corporativo, pode ser que palavras como “ambiente seguro” e “conforto” não façam tanto sentido. Conforto, aqui, tem a ver com sentir-se respeitada e ter sensação de pertencimento. De acordo com dados do Tribunal Superior do Trabalho (TST), o Brasil registra 7 casos de assédio sexual no trabalho por dia. Em cerca de 90% das situações, a vítima é uma mulher. Ainda assim, 1% dos processos de assédio sexual no trabalho tem desfecho totalmente favorável à vítima.

Apesar de relevantes, os números não podem contar como é sofrer esse tipo de abuso. Eduarda, infelizmente, sim. Ela conta: “em outra empresa que trabalhei eu sofri assédio e isso impossibilitou o meu trabalho. Foi uma experiência horrível, não me sentia mais confortável para fazer meu trabalho, porque tinha que ter contato direto com a pessoa que tinha me desrespeitado”. 

Um dos objetivos do grupo é proporcionar acolhimento em situações semelhantes. “Às vezes no Aprix Girls temos algum problema relacionado ao ser mulher no trabalho, e se a gente não fala e não é escutado, isso não toma forma. E aí vemos que, muitas vezes, o que parece ser um problema individual, na verdade é um atravessamento social”.

Karine também reforça a importância de grupos como esse para que a empresa amadureça os colaboradores no nível profissional, mas também pessoal. “Quando saímos da escola e da universidade, acabamos perdendo o contato com esse tipo de discussão nos ambientes sociais”, declara.

O silêncio dos homens

Olhar a partir de diferentes perspectivas também envolve incluir os homens na discussão de papéis sociais atribuídos ao gênero. No ano passado, foi realizado um encontro aberto do Aprix Girls, no qual a equipe assistiu ao documentário “O silêncio dos Homens” e discutiram em conjunto.

Para combater o machismo estrutural, Karine ressalta o papel dos homens na aquisição de conhecimento sobre essas temáticas. “É importante para o movimento que os homens também tenham o conhecimento que a gente tem, que entendam como as masculinidades se constroem, e também como a masculinidade imposta os afeta”, orienta.

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