O pricing como alavanca de resultados na indústria

Sistemas de otimização aumentam a eficiência na precificação sem prejudicar a rentabilidade

Em um cenário competitivo, as empresas precisam agir rápido e eficazmente para manter sua rentabilidade. A questão chave é: como reajustar com mais frequência sem perder eficiência? Usar um sistema de precificação é uma das formas de reduzir o tempo do ciclo completo de troca de preços e aumentar a assertividade dos repasses.

Os líderes de negócios de hoje reconhecem que os preços são amplamente subutilizados para maximizar a lucratividade, ganhar participação de mercado e aumentar o valor do cliente. Pesquisas indicam quão eficazes podem ser as técnicas quantitativas de precificação baseadas em dados e quão poucas organizações estão aproveitando essa abordagem tática. Uma pesquisa global da Bain & Company com 1.700 organizações descobriu que 85% relataram terem “espaço significativo para melhorias nos preços”.

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Diego Anicet, economista na Aprix, ressalta que otimizar processos manuais é uma das maneiras de repassar as correções de preço com mais rapidez. “Geralmente, em indústrias de grande porte, o processo de repassar um aumento é demorado porque tem muito trabalho manual do time de precificação”, argumenta. Portanto, a automatização de processos manuais é uma maneira de capturar valor mais rápido e com menos esforço operacional. “Esse ganho de eficiência na equipe reflete em análises melhores, porque pessoas que estavam gastando 80% de seu tempo em um processo manual podem direcionar esforços para análise e estratégia”, declara o economista.

As plataformas também podem aumentar a assertividade das decisões. Anicet exemplifica que, quando há uma pressão de custos de 5% em uma indústria, por exemplo, é necessário fazer repasses para não comprometer a margem e prejudicar a rentabilidade. Sem uma ferramenta estruturada que auxilie nesse processo, é comum fazer o repasse de 5% para todos os produtos. “Com uma ferramenta que usa inteligência artificial, big data, e machine learning, é possível simular cenários e entender em quais produtos os aumentos são necessários, e o quanto é preciso reajustar em cada categoria”, explica.

Com isso, é possível alterar os preços pontualmente, podendo fazer ajustes menores em produtos e categorias específicos e compensar em outros, de acordo com o comportamento do consumidor e os objetivos comerciais da companhia. “O importante nesse sentido vai ser a média ponderada, ou seja, quanto na média geral foi repassado ao consumidor. Não necessariamente vai ser preciso repassar 5% em cada produto”, ressalta.

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Júlia Provenzi
Júlia Provenzi é jornalista, formada pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Na Aprix, escreve sobre tendências no mundo dos negócios e inovação aliadas às áreas de pricing. Busca desmistificar o uso da IA e de tecnologias de ponta no contexto do Revenue Growth Management (RGM) em grandes companhias.
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Júlia Provenzi
Júlia Provenzi é jornalista, formada pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Na Aprix, escreve sobre tendências no mundo dos negócios e inovação aliadas às áreas de pricing. Busca desmistificar o uso da IA e de tecnologias de ponta no contexto do Revenue Growth Management (RGM) em grandes companhias.

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